1. |
Ró da Graça
01:55
|
|
||
|
o Maria
vem cá ver o céu de madrugada
vem cá ver o sol de manhãzinha
não ponhas o lenço à cabeça
desta fonte bebemos água fria
subiremos descalços este monte
dançaremos os dois até ser dia
|
||||
2. |
Adeus Ó Serra da Lapa
03:29
|
|
||
|
Adeus ó serra da Lapa
Adeus que te vou deixar
Ó minha terra ó minha enxada
não faço gosto em voltaar
Companheiros de aventura vinde comigo viajar
A noite é negra a vida é dura
não faço gosto em voltaar
Dou-te o meu lenço bordado
quando de ti me apartar
Eu quero ir ao outro lado
não faço gosto em voltaar
O meu dinheiro contado
é para quem me levar
O meu caminho está traçado
não faço gosto em voltaar
Moirar a terra insegura
fugir da serra e do mar
Meus companheiros de aventura
tudo farei pra salvar
|
||||
3. |
Bate, Bate
02:51
|
|
||
|
Bate bate meu tear
que chegou a tua hora
E com ou sem tecedeira
bate não te vás embora
A minha teia está posta
à espera do teu bater
Bate bate meu tear
bate até eu responder
Ai bate bate
Meu tear bate, bate, bate
Não esmoreças bate assim:
Por mim por ti sem ter fim
Bate bate
Bate bate meu tear
Vá, não deixes de bater
Põe a trama a reclamar
Diz o que tens pra dizer
E tanto bate o tear
Como o coração da gente
Um a sentir quando bate
outro a bater quando sente
Bate bate meu tear
acerta a tua pancada
Que a tecedeira morreu
E eu cá de ti não sei nada
Bate bate meu tear
Como o coração da gente
Um a sentir quando bate
outro a bater quando sente
|
||||
4. |
Ó Minha Amora Madura
02:15
|
|
||
|
Ó minha amora madura
diz-me quem te amadurou
Foi o sol, foi a geada
ai foi o calor
que ela apanhou
|
||||
5. |
|
|||
|
Estrigadeiras do meu linho
estrigai o meu linho bem
Não olheis para a portela
que a merenda logo vem
O pedreiro pica a pedra
e o carpinteiro a madeira
Todos têm seu ofício
eu também sou estrigadeira
Estrigadeiras do meu linho
estrigai o meu linho bem
eu também sou estrigadeira
A minha lágrima
está a preparar-se meu bem
p’ra ser o que for com quem vem
Não tem nome de ninguém
mas berra com voz d’embalar
à espera de nascer alguém
|
||||
6. |
Já os Galos Cantam
03:07
|
|
||
|
já os galos cantam
ó meu amor vai-te
como me hei-de ir
Coração deixar-te
d’uma mãe que tens
vai-ma lá chamar
as dores são tantas
que eu estou a findar
levante-se ó mãe
do doce dormir
que a menina branca
tem dores de sair
se quer parir que o para
saia um varão
qu’arrebente logo pelo Coração
a meio caminho
os sinos a dobrar
logo a velha mãe
pôs-se a chorar
|
||||
7. |
Os Bravos
02:26
|
|
||
|
Eu fui à terra do bravo
para ver se embravecia
Cada vez fiquei mais manso
para a tua companhia
Eu fui à terra do bravo
com o meu vestido vermelho
O que eu vi de lá mais bravo
b r a v o m e u b e m
foi um mansinho coelho
As ondas do mar são brancas
e no meio amarelas
Quem me dera ser sereia
e viver no meio delas
Eu fui à terra do bravo
para ver se embravecia
Quis bem a quem me quer mal
quis bem a quem não me queria
Eu
fui à terra do bravo
|
||||
8. |
Maçadeiras do Meu Linho
02:08
|
|
||
|
Maçadeiras do meu linho maçai o meu linho bem
Não olheis para o portelo que a merenda logo vem
Ó minha mãe dos trabalhos
para quem trabalho eu?
Trabalho mato o meu corpo,
não tenho nada de meu
Ao almoço me dão pêras ao jantar pêras me dão
Pão e vinho sobre a mesa sobre a mesa vinho e pão
Fio linho fio estopa toda a casta do fiar
Fio corda de viola
para o meu amor tocar
|
||||
9. |
Cantiga de La Segada
03:22
|
|
||
|
Ai, iba you
por ende abaixo
en busca de l miu amor
ancuntrei un laranjal
carregadico de flor
Ai, you deitei-me ambaixo d’el
p’ra num me queimar al sol
recordei de madrugada
al cantar de l reixonol
Ai, reixonol que tan bien cantas
donde fuste daprender?
|
||||
10. |
Cantiga da Ceifa
03:11
|
|
||
|
Por riba se ceifa o pão
por baixo fica o restolho
menina não te enamores
por rapaz que embisga o olho
Já o sol se vai pondo
lá para trás do cabecinho
bem pudera o nosso amo
ai, mandá-lo mais ligeirinho
|
||||
11. |
À Nave
03:07
|
|
||
|
Quantos perigos passámos
Minhas amigas
Nunca ninguém nos salvou
Nunca ninguém nos salvou
Quantas mortes já matámos
Que a vida não nos poupou
Quantas histórias vivemos
Minhas amigas
Horas e horas . Horas e horas contadas
O caminho vai tão loooooongo
estão as palavras cansadas
|
||||
Sopa de Pedra Porto, Portugal
Benedita Vasquez, Inês Campos, Inês Loubet, Inês Melo, Maria Vasquez Mariana Gil, Rita Costa, Rita Sá, Sara Yasmine, Teresa Campos.
If you like Sopa de Pedra, you may also like:
Intuitive Voicing
by Jessica Zambri
Seven astounding, psychedelia-spangled new age meditations from producer and musician Jessica Zambri (Mass Gothic, Solvey, Zambri).
go to album
The artist reveals a new dimension of orchestral rhythm and counterpoint in her compositions.
go to album
Electronic Dadaism from this Cologne artist, full of gleefully cut-up vocal samples, arrhythmic drums & a sense of fun.
go to album
Making self-described “immersive music,” Brazil’s cøelho constructs hypnotic songs from rippling electronic sounds.
go to album
Haunting—and healing—environments of sound constructed solely from Noit’s shape-shifting voice.
go to album
The album pulls from different sounds without relying too heavily on one, illuminating every last detail in the most studious way.
go to album
A collection of tracks from the singer and multi-disciplinary artist's 111 collaboration series, featuring KMRU, Laraaji, and others.
go to album
